Tuesday, September 13, 2005

Noites de insônia

Nas noites frias que andam fazendo aqui no Rio,
Minha mente não pára de trabalhar...Incansável...
fico reverberando meu passado pra poder encontar o caminho do meu presente
Imaginando se tudo fosse diferente...
Acho que nunca tive rumo...
Sempre fui levada pelo vento...
Ancorava temporariamente em algum planeta
Sentava na lua...
olhava lá de cima, brincava em estrelas...
Abria as janelas e deixava a luz da lua entrar
Quando esfriava e a escuridão voltava, fazia como Peter Pan...
Voltava a terra do nunca...
Nunca creci de fato...
Amadureci idéias, mas ainda amo ser criança, mesmo aos 28
Adoro comer nutella, companheiro das madrugas de insônia..
Fico pensando...flutuando em idéias
Inventando rimas
Fantasias de meninas
Tentando descobrir em que volta do mundo eu paro e desco
O mundo dá tantas voltas que estou ficando tonta...
Meus mergulhos em mim mesma, andam fazendo mudanças
Umas definitivas, outras não
Abro o armário...as gavetas
Jogo tudo no chão...
E ando fazendo ilhotas com os pés,
por entre a bagunça que ficou...
Arrumo tudo, e nada do que quebrou foi colado, LIXO!
Tudo...quase tudo...abriu-se um clarão no armário...
Espaço para novas roupas...
Novos perfumes
Novas maquiagens
Novos saltos...os mais altos...
Abriu-se tb um enorme espaço vazio na alma e no coração...
Porém ainda falta muita coisa pra arrumar...
TEnho a casa toda...
A vida toda...
Será que um dia quando eu acordar tudo vai mudar?
Será que num picar de olhos, como mágica
A casa e a alma estarão arrumados?
Será que numa destas voltas da vida, acho que me falta?
Por que será então que nada mais me ocupa a mente?
Será que sempre fui vazia o suficiente?
Acho que devo parar de pensar e começar a caminhar...
Mas aonde pretendo chegar?
Ao fim de tudo será que o livro dos meus dias terá mais páginas em branco ou preenchidas?
Se eu fosse algum tipo de rei, rainha, proclamava tua boca, teu corpo, um reinado meu...
Onde será que está meu santuário?
Onde foi parar?
Ordenaria não sofrer...
Não chorar...
Não me decepcionar...
Acho que preciso mudar...
Não me basta mais arrumar...